Aceleração da Resposta ao VIH e SIDA até 2015
Luanda – O Ministro angolano da Saúde, Dr. José Van-Dúnem, lançou em Luanda um desafio aos profissionais de saúde para que até 2015 não haja mais novas infecções nem mortes relacionadas com o VIH/SIDA em Angola e que todos adultos, adolescentes e crianças infectados sejam tratados com dignidade e sem discriminação.
O Dr. José Van-Dúnem fez este pronunciamento por ocasião de um encontro nacional para a Aceleração da Resposta à pandemia do VIH/SIDA, que tem como objectivo a cobertura de 90% de mulheres grávidas seropositivas e de igual percentagem de adultos, adolescentes e crianças elegíveis ao tratamento com anti-retrovirais (TARV) em todo o país.
O objectivo da Aceleração começa por eliminar novas infecções pelo VIH em crianças, garantindo que logo após o seu diagnóstico, 90% das mulheres grávidas seropositivas tenham acesso ao tratamento. Também se pretende que 90% dos adultos, adolescentes e crianças portadores do VIH e SIDA elegíveis ao tratamento, tenham acesso a TARV.
Angola está entre os 22 países prioritários do Plano Mundial para a Eliminação da Transmissão Vertical (PTV) do VIH/Sida, até 2015, cuja implementação conta com o apoio técnico da Organização Mundial da Saúde. Até esse período, prevê-se que os países seleccionados atinjam a meta de “Zero Novas Infecções, Zero Mortes Relacionadas com a SIDA e Zero Estigma e Discriminação”.
«Temos apenas 798 dias para chegarmos aos nossos objectivos e alcançarmos as metas do Desenvolvimento do Milénio em 2015», recordou o ministro quando exortava os profissionais de saúde a assumirem o compromisso de não mais haver «mortes relacionadas com a SIDA em Angola e que todos os infectados por VIH sejam tratados com dignidade e sem discriminação».
Segundo Dr. José Van-Dúnem, Angola tem alcançado progressos relevantes graças a um esforço considerável para o controlo da pandemia do VIH/Sida, «à luz de um Plano Estratégico Nacional integrado e harmonizado com planos provinciais e municipais, visando uma melhor assistência médica e sanitária a todos os níveis».
A Coordenadora Residente das Agências das Nações Unidas em Angola, Maria do Vale Ribeiro, reafirmou que a ONU «compromete-se a apoiar e acompanhar o Governo, muma resposta multisectorial contra o VIH/Sida, e apelou a todos os parceiros nacionais e internacionais para redobrarem os esforços a favor de uma Angola LIVRE do VIH e SIDA».
O número de pessoas vivendo com VIH/SIDA, em Angola, é estimado em 250,000 pessoas (2,3% da população), incluindo adultos e crianças.Destes, são conhecidos 180.000, dos quais 137.326 estão em acompanhamento médico com 69.981 sob terapia anti-retroviral..
O encontro de Luanda terá a participação das 18 províncias de Angola, em duas fases distintas, esperando-se que no final de oito dias os participantes elaborem Planos Provinciais de Aceleração da Resposta à pandemia do VIH e SIDA, para implementação imediata.
Neste encontro, a OMS é representada por um conselheiro mundial para o VIH/Sida baseado em Genebra, Dr. Marcos Vitória, além dos peritos da sua equipa nacional.